quarta-feira, 12 de maio de 2010

Lemos muito, mas aprendemos pouco

Lemos muito, mas aprendemos pouco


"Para que possamos entender melhor a questão do excesso de informação vamos verificar um exemplo prático e real. Se um estudante universitário que sabe ler apenas em português e inglês, resolve realizar uma pesquisa aprofundada sobre o tema crianças hiperativas, irá deparar-se com a seguinte quantidade de informações: - 178.820 páginas na Internet (até 30 de julho de 2003);- 6.884 artigos científicos publicados nas revistas da área da saúde nos últimos 12 anos;.- 4.748 artigos científicos publicados em revistas da área de educação nos últimos 10 anos;.- 1.387 artigos e matérias de jornais e revistas informativas (só em português), publicados nos últimos cinco anos;.- 557 livros (sendo 32 em português e o restante em inglês). Mediante estes números, não é preciso muito esforço para perceber que, se o estudante não estiver preparado para o trato com a informação, tenderá a ficar extremamente ansioso, sem saber por onde começar seu trabalho".


."A busca, seleção e leitura de informações deve ser precedida pelo estabelecimento de objetivos bem definidos. Ou seja, antes de ler qualquer coisa você deve responder as seguintes perguntas:
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- Por que eu estou lendo este texto?
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- Para que servirão estas informações?
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- Qual o significado dessas informações no meu contexto de vida ou profissional?
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- Como e com o que posso associar estas informações de forma a compreendê-las com mais profundidade?
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- Como posso dar aplicabilidade prática a estas informações?
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No mínimo, as respostas a essas perguntas nos ajudariam a organizar nosso tempo e nosso processo de aprendizagem. Mas também poderá ajudar a dar a noção de sentido e prioridade ao que fazemos, de forma que, certamente, passaremos a rever a quantidade e a qualidade das informações que processamos.
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A leitura de qualquer tipo de informação deve ser sucedida por um período de reflexão quanto ao significado do material lido. 
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O processo de reflexão exige análise, associação, contextualização e síntese, de forma que ele pode proporcionar não só a criação de conhecimento original, como também auxilia o processo de fixação mnemônica do conteúdo. 
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Sem isso, teremos a sensação de estarmos “absorvendo” muito, mas, na verdade, estaremos aprendendo pouco".




Ryon Braga, "O Excesso de Informação - A Neurose do Século 21", Disponível em: http://www.orkut.com/Main#CommMsgs?cmm=21736&tid=5446877722516337812&na=3&nst=11&nid=21736-5446877722516337812-5446879655251621012 [28 de Abril de 2010]

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